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Um blog bastante interativo que relaciona o perfil do profissional de engenharia química e a sustentabilidade ambiental, correlacionado com a indústria e o meio ambiente.
O profissional formado no curso de Engenharia Química deverá ter um consistente embasamento teórico em ciências exatas e nas disciplinas fundamentais da engenharia química, a fim de que o mesmo seja capaz de se adaptar, com facilidade, às rápidas mutações do universo tecnológico no qual a engenharia química está inserida.
O engenheiro químico pesquisa e analisa os processos de produção usados em indústrias e laboratórios. Ele procura aperfeiçoar as técnicas de extração, de transformação e de utilização de matérias-primas que serão transformadas em produtos destinados à indústria ou ao consumidor. É ele quem projeta e acompanha a construção, a montagem e o funcionamento de instalações e fábricas de preparo e tratamento químico.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC) por meio do Conselho Nacional da Educação, no modelo de enquadramento das propostas de diretrizes curriculares, o perfil desejado para o profissional egresso dos Cursos de Engenharia é o seguinte: “Formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanista, em atendimento às demandas da sociedade.”
Desta forma, os profissionais são capacitados para atuar em todos os setores da indústria, assim como acompanhar os processos em todos os níveis, ou seja, profissionais capazes de desenvolver, projetar, otimizar, acompanhar, controlar, fiscalizar e pesquisar os mais diversos processos existentes nas indústrias químicas, bioquímicas, farmacêuticas, alimentícias, metalúrgicas e correlatas. Além de atuar também na área de segurança industrial, preservação do meio ambiente no controle dos despejos e detritos industriais e aberturas de firmas nas áreas de química fina, biotecnologia e novos materiais - que lidam com pequenas quantidades de substâncias importadas e não exigem a instalação de grandes fábricas.
Os Engenheiros Químicos devem estar em consonância com os princípios propostos para a educação no século XXI: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser, estimulando o desenvolvimento de suas competências em um processo contínuo de inovação técnico-científica.
Nunca antes se debateu tanto sobre o meio ambiente e sustentabilidade. As graves alterações climáticas, as crises no fornecimento de água devido a falta de chuva e da destruição dos mananciais e a constatação clara e cristalina de que, se não fizermos nada para mudar, o planeta será alterado de tal forma que a vida como a conhecemos deixará de existir.
Cientistas, pesquisadores amadores e membros de organizações não governamentais se unem, ao redor do planeta, para discutir e levantar sugestões que possam trazer a solução definitiva ou, pelo menos, encontrar um ponto de equilíbrio que desacelere a destruição que experimentamos nos dias atuais. A conclusão, praticamente unânime, é de que políticas que visem a conservação do meio ambiente e a sustentabilidade de projetos econômicos de qualquer natureza deve sempre ser a idéia principal e a meta a ser alcançada para qualquer governante.
Em paralelo as ações governamentais, todos os cidadãos devem ser constantemente instruídos e chamados à razão para os perigos ocultos nas intervenções mais inocentes que realizam no meio ambiente a sua volta; e para a adoção de práticas que garantam a sustentabilidade de todos os seus atos e ações. Destinar corretamente os resíduos domésticos; a proteção dos mananciais que se encontrem em áreas urbanas e a prática de medidas simples que estabeleçam a cultura da sustentabilidade em cada família.
Assim, reduzindo-se os desperdícios, os despejos de esgoto doméstico nos rios e as demais práticas ambientais irresponsáveis; os danos causados ao meio ambiente serão drasticamente minimizados e a sustentabilidade dos assentamentos humanos e atividades econômicas de qualquer natureza estará assegurada.
Estimular o plantio de árvores, a reciclagem de lixo, a coleta seletiva, o aproveitamento de partes normalmente descartadas dos alimentos como cascas, folhas e talos; assim como o desenvolvimento de cursos, palestras e estudos que informem e orientem todos os cidadãos para a importância da participação e do engajamento nesses projetos e nessas soluções simples para fomentar a sustentabilidade e a conservação do meio ambiente.
Uma medida bem interessante é ensinar cada família a calcular sua influência negativa sobre o meio ambiente (suas emissões) e orientá-las a proceder de forma a neutralizá-las; garantindo a sustentabilidade da família e contribuindo enormemente para a conservação do meio ambiente em que vivem. Mas, como se faz par calcular essas emissões? Na verdade é uma conta bem simples; basta calcular a energia elétrica consumida pela família; o número de carros e outros veículos que ela utilize e a forma como o faz e os resíduos que ela produza. A partir daí; cada família poderá dar a sua contribuição para promover práticas e procedimentos que garantam a devolução à natureza de tudo o que usaram e, com essa ação, gerar novas oportunidades de redá e de bem estar social para sua própria comunidade.
O mais importante de tudo é educar e fazer com que o cidadão comum entenda que tudo o que ele faz ou fará; gerará um impacto no meio ambiente que o cerca. E que só com práticas e ações que visem a sustentabilidade dessas práticas; estará garantindo uma vida melhor e mais satisfatória, para ela mesma, e para as gerações futuras.
Certificação ambiental
O fenômeno da globalização tem trazido às empresa a necessidade de adaptação cada vez mais às novas exigências mercadológicas. Conseqüência disso é a necessidade de criação de normas de caráter mais abrangente e de aceitação internacional, o que tem gerado uma onda de normalização em escala planetária, principalmente quanto a qualidade do produto e da produção em si.
Outra conseqüência dessa globalização é o aumento da competitividade, que por sua vez motivou a necessidade de um melhor aprimoramento técnico e de qualidade. Isto trouxe também um maior controle de qualidade dos produtos, que passou a ser aferido mediante atendimento de normas aceitas mundialmente, comprovadas através de uma nova forma de garantia: a da certificação. Sugiram então nos países desenvolvidos várias entidades de certificação com suas normas, mas vem se destacando a Internacional Organization of Standarlization, a ISO, federação mundial das organizações nacionais de normalização sediada em Genebra, que lançou entre outros a ISO 9000 que visa o sistema de qualidade do produto e teve grande aceitação nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Essa normalização foi e é a mais utilizada e as empresas que obtiveram sua certificação saíram na frente na competição mercadológica, em vista da rigidez de suas exigências. No Brasil mais de 1000 empresas a obtiveram.
Porém, após a Conferência Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro, a Rio-92, ocorreu uma verdadeira globalização também das questões ambientais, dando origem a necessidade de se normalizar os produtos tendo em vista o meio ambiente. Assim, criou-se a série ISO 14.000, que dá orientação a obtenção dos Certificados de Gestão Ambiental, através de sua série de normas, a qual está sendo implantada cada vez mais pelas indústrias em quase todo o mundo, incluindo ai nosso país.
A série ISO 14000 apresenta grandes novidades em termos de processamento e qualificação dos produtos, inclusive indica princípios gerais para auditoria ambiental, cria o selo verde, sendo assim um moderníssimo instrumento de garantia de adaptação dos produtos potencialmente danosos ao meio ambiente. As empresas que receberem a certificação ambiental terão várias vantagens como, por exemplo: menos desperdício de matéria prima; maior qualidade dos produtos; confiabilidade mercadológica; maior credibilidade nas licitações; melhores oportunidades de negócios; maior competitividade; menor impacto ambiental; mais oportunidade de empréstimos incentivadores etc.
Portanto, a adoção pelo mercado mundial da série ISO-14000 só trará benefícios às empresas que se sujeitarem as suas exigências, bem como mostrará que podemos estar no caminho certo do desenvolvimento sustentável com o mínimo de prejuízo ambiental, aliando desenvolvimento e preservação.
No Brasil já há mais de duas centenas de empresas que obtiveram a certificação ambiental, adequando-se assim as exigências do novo desenvolvimento, podendo em muitos casos serem também designadas como “indústrias verdes”, ante a atenção que dão à temática.
Portanto, hoje em dia as indústrias devem adaptar seus parques industriais de forma a produzir com o menor impacto ambiental possível, sob pena de perda de mercado pela concorrência de outras mais "limpas" em termos ambientais, bem como há cada vez mais campo para a criação de empresas direcionadas a desenvolver técnicas de saneamento ambiental. Isto nos dá a esperança de conseguir em um futuro próximo um meio ambiente equilibrado e sadio, nos termos do art.225 da Constituição Federal.
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